No mês em que se comemora o Dia da Saúde, a Clínicas da Amazônia, em Bujaru, no nordeste paraense, abre as portas para atender as mulheres da região. Devido a alta demanda, a unidade filantrópica do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), agora passa a ter atendimento de ginecologia.
 
Por mês, a unidade que mantém atendimento gratuito, atendendo os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), terá cerca de 160 consultas. A inclusão da especialidade no rol de atendimentos, parte da necessidade da população que mantém uma alta demanda e até fila de espera para ter acesso às consultas em ginecologia.  

Experiência
 
Uma das primeiras pacientes da especialidade, foi Ana Cláudia Oliveira, de 49 anos. Ela foi encaminhada através de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), sob gestão municipal. “Eu só tenho a agradecer por essa oportunidade em me tratar neste espaço. Todos foram muitos atenciosos, a médica conversa bem, a direção também nos trata com respeito. Muito bom”, disse.
 
Quem também está satisfeita com a assistência e o cuidado da Clínicas da Amazônia, foi a dona de casa Nailza Maiara da Costa, de 35 anos. Para ela, encontrar no próprio município o atendimento com especialista, é uma conquista da população. “O local é muito acolhedor. Tanto a enfermagem, como a médica e os outros funcionários. Tudo excelente”, descreveu.  
 
A estrutura e o acolhimento dos profissionais, também impressionou Roberta Guimarães. Aos 43 anos, ela sente a necessidade de ir periodicamente às consultas ginecológicas. “O atendimento superou as minhas expectativas, o espaço é acolhedor, tem refrigeração, as pessoas são atenciosas. Estão de parabéns”, parabenizou.

 
Atendimentos
 
A consulta ao ginecologista é fundamental na vida das mulheres e deve ser feita ao menos 1 vez ao ano. A visita pode ajudar a prevenir eventuais problemas ginecológicos e a manter a boa saúde e o funcionamento dos órgãos genitais e do sistema reprodutivo.
 
A médica Luiza Mufarrej, explica que entre os atendimentos na unidade, as queixas de miomas e de doenças vaginais em decorrência de infecções são as mais comuns entre as mulheres.
 
“O tratamento dessas doenças deve ser medicamentoso, além das orientações sobre a alimentação, com a melhoria do perfil alimentar, também recomendamos os exercícios físicos associados. E caso não haja melhora após seis meses e um ano, indicamos outros tratamentos. Tem paciente que acredita que quando e o resultado na ultrassom é mioma, já tem indicação cirúrgica, mas o tratamento prioritário é medicamentoso, sendo tomado de forma regular, de 4 a 6 meses, ela fica estável só com o acompanhamento de rotina, da mesma forma são os tratamentos das doenças da vagina”, explica a ginecologista.
 

Acesso
 
Celeste Pureza, coordenadora da assistência básica do município, também reforça a importância dos atendimentos para a saúde de Bujaru. “Estamos conhecendo o espaço e achamos a infraestrutura muito boa. Hoje nós temos atendimento pela Prefeitura três vezes por semana na ginecologia, mas ainda temos demandas, que agora, podem ser recebidas nas Clínicas da Amazônia, frisou. 

 
Daniel Rodrigues, gerente da Clínicas, explica que para ter acesso às consultas, a paciente precisa procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa. “Após ela ser avaliada por um médico, e tenha a necessidade de um especialista, essa usuária será encaminhada para a regulação municipal, que marcará o dia e a hora da consulta na Clínicas da Amazônia”, detalhou o gestor.
 

Filantropia
 
A Clínicas da Amazônia é uma unidade filantrópica de iniciativa do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), que está no município desde agosto de 2024, mudando a realidade da população local.

 
Iniciativa

Os atendimentos na Clínicas da Amazônia são realizados dois dias na semana, às terças e quintas-feiras, de 8h às 18h. Os pacientes interessados no atendimento devem procurar a rede de saúde do município de Bujaru para o encaminhamento ao serviço, logo, a demanda não é porta-aberta.
 
A unidade com o atendimento 100% gratuito está localizada na Rua Barão do Rio Branco, nº 4, centro de B.